Focus avalia que juros podem chegar a 9% no final de 2024

Taxa Selic, que norteia os juros no País, caiu de 13,75% a 13,25% na última reunião do Copom

O BC (Banco Central) produz semanalmente, todas as segundas-feiras, o Boletim Focus, relatório no qual constam estimativas de economistas do mercado e também instituições financeiras em relação aos indicadores da economia brasileira, tais como taxa de juros, inflação, câmbio, balança comercial e o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

A taxa de juros que norteia a economia do país é a Selic, utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional e que serve também como referência para as demais tarifas aplicadas na economia do País. Essa taxa é o principal instrumento do BC para tentar manter sob controle a inflação brasileira, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que no último mês de junho havia fechado em 0,08% negativo e acumula 3,16% em 12 meses. 

A instituição trabalha para manter a taxa básica de juros próxima do valor estabelecido em cada reunião, isso por meio de operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais. Na última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que ocorreu nos dias 1º e 2 de agosto, depois de manutenção por sete vez consecutiva em 13,75%, o BC cortou 0,5 ponto percentual da Selic, para 13,25%.

De acordo com levantamento do Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (7), a estimativa da Selic sofreu ajuste para baixo depois da última reunião do Copom. A projeção do mercado financeiro para o final deste ano caiu de 12% para 11,75%. Já para 2024, a estimativa do sofreu queda de 9,25% para 9%. 

Para os últimos dias de 2025 a previsão é que caia ainda mais, a 8,5%, passando a 8% até o fim de 2026. Para 2024, a meta de inflação perseguida pelo BC é de 3%, percentual que se repete para 2025. 

Em relação à inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), a estimativa dos economistas de mercado para 2023 se manteve nesta semana em 4,84%. Para 2024, a projeção é a de que caia para 3,88%. Já para 2025, a estimativa é que a inflação chegue à casa de 3,5%, percentual que se repete para 2026.

Para o PIB, que é a soma das riquezas produzidas pelo País, a estimativa de 2023 teve crescimento, passando de 2,24% para 2,26%. Para 2024, a projeção segue a mesma, de crescimento de 1,3%. E para 2026 houve elevação, passando de 1,97% para 2% de expansão.

Por fim, a estimativa do mercado financeiro para o dólar, divulgada nesta segunda-feira pelo BC, voltou a sofrer queda. A moeda norte-americana passou de R$ 4,91 para R$ 4,90. Para 2024 a estimativa é que fique em R$ 5. Para os anos posteriores, o dólar permaneceu em R$ 5,08 para 2025 e R$ 5,10 para 2026.